segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hora da bronca

por Kelly Cavalcanti Gallinari*

Dar um feedback negativo, para muitos líderes (muitos mesmo), ainda é um momento de tensão.

Mas não deveria ser. Assim como o feedback positivo, o negativo faz parte do processo de desenvolvimento de sua equipe e deve ser orientado neste sentido.

O desconforto acontece quando esta comunicação ocorre no momento ou da forma errada. Vamos entender isso:


1 – ALINHAMENTO DE EXPECTATIVAS: Quando ganhamos um novo colaborador, além das boas vindas, a primeira coisa que deve ser repassado é o que SE ESPERA deste funcionário. Divulgue as tarefas que ele irá realizar e os prazos de entrega, os follow-ups que você espera ter, o resultado e o comportamento admitido.

Não se esqueça de nenhum detalhe. Mesmo o óbvio deve ser dito. Acreditem.

Desta forma, quando for necessário dar um feedback negativo, será fácil voltar a esta lista e dizer o que está errado.

O ALINHAMENTO tira a impressão de alguns liderados que a conversa seja ‘pessoal’, pois racionaliza a comunicação, já que fizeram um acordo de expectativas quando ele entrou na empresa. Evita, também, frases do tipo: “Ah, mas eu não sabia disso” ou “Você nunca tinha me dito que tinha que ser assim”. Estes tipos de conclusões do seu liderado te distanciam dele. E o aprendizado, que é o mais importante, passa despercebido.

Sem o alinhamento de expectativas prévio, possivelmente, os feedbacks serão recorrentes e você passará a achar que seu funcionário não é adequado quando, na verdade, você também não fez a sua parte.

2 – Aplique o M.A.R.C.A.O (Momento, Ação, Reação, Consequências, Alternativas de Mudanças e Obstáculos). Esta ferramenta é a chave do feedback negativo. A técnica garante que seu liderado entenda exatamente o que quer dizer. Garantir isso já é quase o caminho inteiro andado.

Defina o MOMENTO do erro (explique a cena), descreva a AÇÃO do seu liderado, declare a REAÇÃO dos outros, fale sobre as CONSEQUÊNCIAS desta atitude, definam as ALTERNATIVAS DE MUDANÇAS (em comum acordo), pense nos possíveis OBSTÁCULOS que seu liderado possa ter e já conversem a respeito para evitar que seu processo de aprendizado seja prejudicado.

3 – Faça Check-Points.
Concluído o M.A.R.C.A.O., não se esqueça de acompanhar seu funcionário para garantir que o resultado será o esperado por vocês.

Siga estas dicas. Com certeza, o feedback negativo passa a ser uma ferramenta de trabalho e não mais uma bronca qualquer. Tente. Faça seu liderado perceber esta mudança.


Se tiverem dúvidas, me escrevam!


Abraços e até mais.


*Kelly Cavalcanti Gallinari  é graduada em Gestão de Pessoas e especializada em Professional Coach. Formou-se pela ICI (Integrated Coaching Institute) é idealizadora do site eCoach – Desenvolvendo de Líderes. Sua expertise engloba o temas Flow, Peak Performance -  Estratégias, Desenvolvimento de Foco,  Executive Coaching - Estilos de Liderança,  Motivação, Gerindo mudanças,  Emotional Intelligence (EI)- Modelo de Competências,  Coaching Skills -  Competências exigidas pelo coach internacional, Life Coaching Pessoal - Soluções de uso da energia pessoal, Adversity Coaching - Imunização de stress e  Modelo Racional - Desfazendo distorções cognitivas.


www.sejaprofissional.com.br

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