por Kelly Cavalcanti Gallinari*
José é um garoto de 6 anos. Apesar de não ser um bailarino
nato, gosta de dançar. Com reboladas, praticamente, estáticas, no estilo ‘sem
remelexo’, José adora chamar a atenção da família para fazer suas famosas
apresentações, com direito a coreografias e passos ensaiados.
Sempre que uma música coreografada vira sucesso, lá está
José com passos na ponta da língua… ops, dos pés.
Nas apresentações familiares, todos apreciam José. Sabem de
suas limitações, que não tem o corpo tão solto, mas o apreciam.
Afinal, o que prendia a atenção da mãe, avós, tias, tios e
primos de José? Ele, definitivamente, não era um pé de valsa.
Em um destes eventos – sim, as apresentações viraram um
evento, José me contou que ele estava ensaiando uma nova música há dias e que
ele era o melhor naquela dança. Nunca vi tanta propriedade em uma fala. Para
José, ele era o melhor bailarino de todos os tempos.
Foi neste dia que encontrei a resposta. José convencia e
prendia a atenção de todos porque ele acreditava no que fazia e, por isso, investia
tempo em aprender e se aprimorar entre uma dança e outra.
É, minha gente, este garotinho tem muito a nos ensinar.
Vamos aprender com José:
- AUTOCONFIANÇA:
Receber feedbacks positivos a respeito de nossas condutas, escolhas e
resultados infla o ego, motiva. Mas autoconfiança independe do exterior.
Autoconfiança é provida da sua escolha de acreditar que você é capaz ou que
pode tornar-se capaz, independente de limitações e contrapontos. Modelos e
rótulos, infelizmente, aprendidos no decorrer da vida, são os principais
limitadores da autoconfiança. Quando disseram que você era gorda na
adolescência, você deixou de acreditar no seu sonho de ser modelo. Quando
recebeu uma bronca de seu chefe dizendo que sua organização no trabalho era
péssima, simplesmente, deixou de acreditar que um dia podia desenvolver esta
competência. Quando todos riram de você porque escorregou na apresentação de
final de ano, no ensino fundamental, deixou de acreditar que podia dançar.
Infelizes limitações do meio.
Uma criança, como José, que ainda é desprovido destes
modelos, simplesmente (sim, é simples), acredita em si. E, com propriedade
disso, convence os outros. Os tãos almejados feedbacks positivos, no caso de
José, acontecem, naturalmente.
Ah… a autoconfiança das crianças é algo memorável! E já que
não somos mais crianças, que passemos a driblar as limitações impostas por seus
pais, por seus chefes. A decisão de a acreditar em você é só sua.
- TREINO: Todos
somos passíveis de novos aprendizados. Agora que já restabelecemos a nossa
autoconfiança, sabemos que de tudo podemos fazer. Há, no entanto, somente um
‘porém’ nesta jornada.
Aprendizado é sinônimo de esforço, de treino.
O garoto José acreditava que era um bailarino. Mas para
reforçar a ideia, treinava, fervorosamente. Cada coreografia nova, novos
treinos. E quando chegava a hora das famosas apresentações familiares ele
estava PREPARADO. Sim, ele sentia-se preparado. E dava um show. Mesmo sem
remelexo, fazia o seu melhor. E convencia.
Amigo leitor, você quer uma promoção no trabalho? Você quer
ser uma mãe melhor? Você quer fazer um arroz mais soltinho? Ou você quer
melhorar seus relacionamentos interpessoais? Quer fazer regime?
Seja o que for, inicie o aprendizado e TREINE. Treine sem
medir esforço. Invista tempo. É necessário dedicação. Fazer um dia e no outro
não, não é se dedicar. É se enganar.
José ensaiou. Muito. E ao se apresentar, ainda não exibia
perfeição, mas seu esforço convenceu o público.
- ATENDA ÀS
EXPECTATIVAS: José sabia que agradava. Qual a mãe, tia, avó que não quer um
menininho lindo fazendo graça e enchendo suas vidas de tanta emoção positiva?
José, apesar de um garoto, sabe como agradar.
José, sem saber, cumpriu uma regra básica do mundo
corporativo e social: as necessidades da clientela é o que rege o negócio. O
fluxo 1 – Conhecer as necessidades do cliente (no caso de José, da família), 2
– atender as expectativas (José emocionava a família) e 3 – participar
positivamente do meio (o garotinho era especialista em trazer alegria) é regra
básica para conquistar o outro e convencer.
Você quer uma promoção, certo? Mas conhece as expectativas
da empresa para com você? Sabe o que seu chefe espera de seu desempenho?
Contribuir, positivamente, para o meio (seja profissional,
social ou familiar) é garantia de sucesso, meu povo!
Naquilo em que se propõe, para ser o melhor, precisa
acreditar, treinar e atender às expectativas. Sim, assim, convencerá.
Tanto aprendizado em um só menininho! Sejamos Josés, então.
Abraços e até mais!
*Kelly Cavalcanti Gallinari é
graduada em Gestão de Pessoas e especializada em Professional Coach.
Formou-se pela ICI (Integrated Coaching Institute) é idealizadora do
site eCoach – Desenvolvendo de Líderes. Sua expertise engloba o temas
Flow, Peak Performance - Estratégias, Desenvolvimento de Foco,
Executive Coaching - Estilos de Liderança, Motivação, Gerindo
mudanças, Emotional Intelligence (EI)- Modelo de Competências,
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Coaching - Imunização de stress e Modelo Racional - Desfazendo distorções cognitivas.
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